quinta-feira, 17 de julho de 2014

Waka Waka

O tampão tá fora da minha cabeça, meu Deus, e não é de hoje. Sobra vontade de fazer as coisas mas os calafrios percorrem meu corpo, a fraqueza invade, a insônia ou o sono tortuoso fazem festa rave com direito a todos os narcóticos naturais feitos dos hormônios que rodam na minha corrente sanguínea.

Deito a cabeça no travesseiro e peço: Shakira, para de mover seus quadris na minha cabeça. Amo ver você dançar, mas francamente, no silêncio do quarto o barulho da sua voz o solavanco dos seus quadris que fazem pul-pul-pul seguindo o ritmo de Ojos Asi ou Waka Waka me deixam surda. Louca em todos os sentidos possíveis. Num limbo cheio de vórtices já não sei quem sou eu, a vertigem me toma e eu não estou falando de modo figurativo, aliás quem me dera. 

A atenção voa pelos planetas do sistema solar, nas galáxias vizinhas  e com o corpo na Terra parado sou uma morta viva. "BOM DIAAA PICATCHU, ACORDAAAAA, PRESTA A ATENÇÃO" - diz o chefe aumentando a voz vendo que já não estou mais aqui, na tentativa de me fazer despertar. 

Irritada não quero falar com ninguém. Nem pai nem mãe nem Loro nem Namo. Mas a culpa não é deles não é minha: Não é de ninguém. É do meu corpo, da alma que se revolta e recusa a obedecer, meu espírito é uma tempestade que jamais se cala, e dá nisso. Um vulcão erupcionando - fala-se assim? ERUPCIONANDO.... palavra nova.


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